Ex-aluno do Vieira, quadrinista Hugo Canuto tem três indicações para Glyph Comics Awards
Premiação, que prioriza artistas pretos ou trabalhos que evidenciem a cultura negra, é realizada anualmente na Filadélfia, nos Estados Unidos
Promovido anualmente pela Convenção da Era dos Quadrinhos Negros da Costa Leste dos Estados Unidos (ECBACC, sigla em inglês), o Glyph Comics Awards é um dos mais renomados prêmios internacionais do gênero. A premiação visa inspirar e destacar artistas pretos ou que expressem a valorização da cultura negra, a exemplo do arquiteto, ilustrador e quadrinista baiano Hugo Canuto (foto). Ex-aluno do Colégio Antônio Vieira, Canuto foi indicado para três categorias de peso da edição 2024 da premiação ( Melhor História do Ano; Melhor Escritor e Melhor Artista), por conta da série Tales of the Orishas. A cerimônia será realizada no dia 17 de maio, na Filadélfia, no estado americano da Pensilvânia.
Tales of Orishas, toda escrita em inglês, adapta as grandes histórias da mitologia Yorubá, levadas para o universo dos quadrinhos. Ao falar da inspiração para a série, Canudo destaca a paixão pelas histórias em quadrinhos (HQs) e o “legado das culturas que moldaram minha terra de origem, a Bahia, com suas tradições ancestrais”, como frisou. Segundo ele, suas obras têm como maior propósito “ser instrumento de arte, reflexão e transformação de percepções sobre o grande legado das civilizações africanas e sua descendência na formação histórica, cultural e espiritual do povo brasileiro”.
The Glyphs é organizado pela ECBACC desde 2006. São consideradas HQs impressas e webcomics, em dez categorias: Melhor Artista, Melhor Escritor, Melhor Capa, Melhor História em Quadrinhos ou Webcomic, Melhor Personagem Feminina, Melhor Personagem Masculino, Estrela em Ascensão, Melhor Publicação de Reimpressão, História do Ano e Prêmio Fã de Melhor Quadrinho.
ELOGIO DO MINISTRO
Além da indicação para prêmios internacionais, a qualidade e o valor histórico da série criada por Canuto são reconhecidos pelo público brasileiro. “Esta é uma das mais importantes obras dos últimos tempos e que representa de forma magistral aquilo que o Brasil vem produzindo de melhor no campo da Nona Arte. Hugo Canuto consegue fundir no seu trabalho as grandes influências internacionais com a mitologia que surge das tradições brasileiras e especificamente das religiões de matriz africana”, disse o então professor da FGV e Mackenzie, Silvio Almeida, atual ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil. Mais informações sobre a série e trabalhos de Canudo podem ser obtidas no site hugocanuto.com ou no perfil no Instagram: @hugocanuto_art.
Muito sucesso para o nosso sempre vieirense Hugo Canuto que, assim como outros ex-alunos do colégio, tem construído uma bela história em seus projetos de vida.
Foto: arquivo pessoal.
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