Uso responsável das redes sociais é tema de palestra para pré-adolescentes no Vieira
Orientações sobre questões como cyberbullyng e excesso de uso de telas fazem parte das atividades pedagógicas do colégio

Movidas por uma curiosidade natural e desejo de diversão na palma da mão, as crianças acabam chegando à pré-adolescência tendo cada vez mais acesso à internet – e até, muitas vezes, a conteúdo inapropriado ou mesmo se submetendo a riscos diversos da rede. Também podem, ainda sem ter muita noção, adotar práticas reprováveis, sem saber ao certo o quão danosas podem ser, a exemplo do cyberbullying. Ancorado nas diretrizes de sua Política Interna do Cuidado e Proteção à criança e ao adolescente, o Colégio Antônio Vieira incluiu na rotina pedagógica palestras sobre o uso responsável da internet e redes sociais. Este mês, os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental (EF) receberam orientações e esclareceram dúvidas com especialistas.
A psicóloga e orientadora educacional Mara Raquel Valverde; e, a gestora de Mídia Educacional e Tecnologia do Vieira, Cláudia Zimmer conduziram o bate-papo com os alunos pré-adolescentes. Os fatores psicológicos e os malefícios que o excesso do uso de tela pode causar às pessoas, sobretudo às crianças e jovens, foram abordados por Mara Raquel, que mostrou porque há limites recomendados pelos especialistas, de acordo com a faixa etária. Ela coordena no Vieira a Comissão Permanente do Cuidado.
RISCOS
“Muitas vezes, nem mesmo os pais têm noção que o acesso à internet pode ser, em determinadas situações, mais perigoso que deixar o filho sozinho, perdido em uma grande cidade e com os olhos vendados”, diz a psicóloga. Na palestra, ela ainda mostrou exemplos de malefícios que repercutem no desenvolvimento tanto físico (problemas de visão, postural, de distúrbios do sono, sedentarismo etc) quanto socioemocional, “podendo causar níveis elevados de ansiedade, aumento da impulsividade, dificuldade de autorregulação, de aprendizagem, socialização, além do aumento da probabilidade de causar dependência, ou seja, monofobia em decorrência do uso descontrolado dos smartphones e telas, com construção de relações predominantemente virtuais”, como cita a especialista, lembrando ainda os riscos das crianças e adolescentes se tornarem presas fáceis para os criminosos que também fazem uso da rede.

CYBERBULLYING
Cláudia Zimmer, por sua vez, tratou mais especificamente de um problema muito comum nessa faixa etária: o cyberbullying. Além de expor as causas e consequências da prática, ela mostrou o que as crianças podem fazer para se defenderem desse tipo de violência. Cláudia é especialista no uso de mídias digitais para fins educacionais.
“Infelizmente, muitas vezes, por desconhecerem as regras de convivência e acharem que na internet podem fazer de tudo, as crianças acabam praticando ou vivenciando o bullying no ambiente virtual. Assim, por mais que se saiba que para usar as redes sociais é preciso ter idade mínima de 13 anos, há muitas crianças que possuem contas ou até utilizam as contas de um adulto próximo a ela, sem o devido monitoramento ou orientação de um responsável sobre como devem se comportar nesses ambientes”, alerta. “Por outro lado, é importante que elas também tenham consciência que o cyberbullying é um crime passível de punição, até para que possam se defender, pois muitas vítimas têm dificuldade de falar, de pedir ajudar e acabam sofrendo sozinhas”.

APOIO MÚTUO
As especialistas destacam o quanto é importante que os educadores orientem as crianças e adolescentes para o uso responsável da internet, alertando-as sobre os riscos. Os estudantes do 5º ano EF do Vieira gostaram da lição: “Por mais que os pais falem em casa, é muito legal termos aqui na escola esse reforço sobre esses assuntos com pessoas que acompanham este tema”, disse a aluna Maria Elisa Pinho. “É muito importante vermos o quanto o cyberbullying faz mal, mostrando também que não se pode fazer com o outro o que não se quer que faça com você”, concluiu o colega Guilherme Falheiros.

Elisa, Guilherme e os colegas da série participaram ativamente da palestra, realizadas em dois dias (12 e 13 de junho), no Auditório Mabel Velloso, para contemplar todas as turmas da série. Os estudantes comentaram casos que viram na imprensa ou que souberam entre os amigos fora da escola, revelando posturas adotadas e ainda como os pais os acompanham no uso da internet. No caso do Vieira, a equipe pedagógica e a Comissão Permanente do Cuidado já estudam também promoverem um momento entre as especialistas e as famílias dos estudantes, visando também contribuir nas orientações em casa.
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