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Como envolver os jovens de forma a compreender assuntos tão áridos, como guerras e regimes totalitários, e ainda fazer brotar a criatividade, em plena época de pandemia? O uso de metodologias ativas pelo Colégio Antônio Vieira tem estimulado os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental (EF) e da 1ª série do Ensino Médio (EM) na aprendizagem sobre os temas nas aulas de História. Já no 8º ano EF, as empolgantes Conjuração Baiana e Inconfidência Mineira também ganham novas perspectivas na ótica dos estudantes.  

Para ampliar ainda mais as possibilidades pedagógicas em tempos de aulas remotas, os alunos são ainda incentivados a utilizar as ferramentas disponibilizadas pelas Internet em favor da aprendizagem, indo ao encontro de técnicas que se alinham aos interesses da geração do século XXI. Resultado: por meio de poesia ou relatos em linguagem cotidiana, charges e ilustrações diversas, divulgados até nas redes sociais, os estudantes não só têm revelado domínio do conhecimento, como também senso crítico e muito talento artístico.

No caso da 1ª série EM e do 9º ano EF, as releituras vêm sendo expostas em um perfil no Instagram – criado e administrado pela professora de História das séries, Gigi Albuquerque. A iniciativa permite o compartilhamento com toda a comunidade educativa, sobretudo, pelas famílias dos estudantes que acompanham e comentam os trabalhos, assim como os próprios alunos. No 8º ano EF, a disciplina fica a cargo dos professores Igor Cruz e Isabela Mendonça.

“Falar sobre fascismo, nazismo, stalinismo, por exemplo, acaba se tornando um conteúdo pesado para se trabalhar em tempos de pandemia, mas buscamos estimular o protagonismo dos alunos para que, por meio de formas diversas de expressão, eles possam expressar a aprendizagem, explorando também redes sociais que eles amam, como o Instagram, que, por outro lado, permitem uma interação com toda a comunidade educativa, além de uma visibilidade para o público em geral da qualidade dos trabalhos produzidos”, diz a professora Gigi Albuquerque, que sempre faz uso de metodologias ativas em suas práticas pedagógicas. 

De acordo com a coordenadora pedagógica da 1ª série EM, Léa Pontes, “o modelo ativo de aprendizagem envolve o aluno, utilizando uma dinâmica que o motiva a construir o conhecimento e a se responsabilizar também pelo próprio sucesso de seu aprendizado, com autonomia e pensando sob diferentes pontos de vista, sob diferentes perspectivas”,  como explica. “As redes sociais estimulam os interesses, expectativas e criam vínculos afetivos, de empatia e aproximação emocional que facilitam a comunicação entre os professores e alunos”, completa.

A coordenadora destaca, por exemplo, a releitura feita pelos alunos, inclusive usando as redes sociais, do livro “1984”, do escritor, jornalista e romancista britânico George Orwell. Publicada em 1949, a obra aborda a distopia de uma sociedade totalitária, onde todos são observados pelo Big Brother.

“Trabalhar História nessa perspectiva de construção por parte dos alunos gera um deslocamento muito importante em prol do estímulo ao protagonismo estudantil”, frisa a coordenadora pedagógica do 8º ano EF, Andréa Oliveira. “Promove-se a aprendizagem do conteúdo por meio de uma mescla da percepção do fato histórico e as releituras que os alunos fazem a partir dele”.  No 9º ano EF, a coordenadora pedagógica, Vânia Virgens, fica impressionada com os avanços obtidos:  “É realmente incrível constatar o valor que o processo de conhecimento assume, quando tecido, conjuntamente, por educadores e alunos. São ações mobilizadoras e educativas que só contribuem para a formação do autor-cidadão, tornando possível a personalização das experiências de aprendizagem”, diz.

VIEIRINHA

Os estudantes do Vieirinha também têm revelado criatividade nas aulas on-line de História. A aluna Lusa Protásio, do 4º ano do Ensino Fundamental, por exemplo, vestiu-se este mês como uma deusa grega na apresentação de um trabalho sobre mitologia. Confira!

Veja agora mais fotos de releituras de fatos históricos feitas pelos alunos do 8º e 9º EF e também da 1ª EM