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Expressões do protagonismo estudantil do Colégio Antônio Vieira, os núcleos Acadêmico de Incentivo ao Conhecimento (Naic) e de Estudos Interdisciplinares sobre Minorias Sociais (Neims) promoveram esta semana uma roda de conversa com tema “Saúde da mulher: exigências para o século 21”. O evento, realizado virtualmente pela plataforma Teams, foi destinado aos estudantes do Ensino Médio (EM), contando com a participação de duas convidadas especiais como palestrantes: Luiza Guedes, diretora de comunicação do projeto Absorvidas, graduanda em Direito (FGV-Rio) e integrante da Liga Acadêmica de Ciências Criminais da FGV (LACCRIM-FGV) e, também, Victoria Castilho, estudante do 6° semestre de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, coordenadora local da Federação Internacional das Associações de Estudantes de Medicina.

Durante o evento, foram avaliados, entre outras discussões, dados estatísticos que mostram condições adversas que impactam a saúde feminina, tais como:  – 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não tem acesso a itens mínimos de cuidados menstruais;
– 900 mil não têm acesso a água canalizada em seus domicílios e 6,5 milhões vivem em casas sem ligação à rede de esgoto;- A chance de uma menina negra não possuir acesso a banheiros é quase três vezes a chance de encontrarmos uma menina branca nas mesmas condições.

INFORMAÇÃO DE QUALIDADE

“A experiência da roda de conversa foi muito importante para mim. Eu já conhecia alguns dos fatores apresentados pelas convidadas, mas não com tamanha profundidade”, conta a aluna Beatriz Sarno, estudante da 2ª série EM. “Foi uma oportunidade de ter um novo olhar, por exemplo, sobre a posição das mulheres que menstruam nesse contexto e, principalmente, o que podemos fazer para mudar a visão preconceituosa que ainda persiste no século 21”, completa a jovem, integrante do Naic.

“Foi um evento que excedeu as expectativas de todos os envolvidos. Fiquei muito feliz de termos conseguido viabilizar um momento e ambiente confortáveis e frutíferos, graças ao comprometimento dos núcleos responsáveis, do colégio e das convidadas mais do que especiais”, diz a aluna Verônica Moraes, também da 2ª série EM e que integra o Neims. Para ela, “a roda contou com muita informação de qualidade, muita gente bacana e um bate-papo bastante produtivo”, como frisou. “Encerramos com vontade de continuar e, por isso, acredito que faremos mais encontros parecidos”, antecipa.

As ações dos núcleos de protagonismo estudantil do Vieira unem-se aos instrumentos pedagógicos do colégio voltados para “a formação para a cidadania global, para a solidariedade e compromisso para com uma sociedade mais justa e fraterna”, conforme preveem os documentos que fundamentam a educação jesuíta hoje no mundo. Podem participar, voluntariamente, dos núcleos os estudantes, a partir do 1º ano do Ensino Médio. Antes, eles já exercitam o protagonismo em projetos para as séries e também por meio do grêmio estudantil.    

Fotos: Naic, Neims e acervos pessoais.