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As aulas de Arte para estudantes da 1ª série do Ensino Médio, na estreia este ano do Itinerário de Aprofundamento para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares, têm resultado em trabalhos de alta qualidade, encantando alunos e equipe pedagógica do Colégio Antônio Vieira. É o que revela a professora Joelma Serra, que conduz os trabalhos no itinerário no segmento Arte, uma das disciplinas tratadas em Linguagens – em que também são aprofundados os assuntos de Gramática, Literatura e Redação.

A professora explica que “todo o percurso pedagógico durante as aulas está atrelado diretamente à resolução das questões do Enem, contexto crítico da História da Arte e a criatividade através das apreciações e discussões em sala”. As práticas têm permitido aos jovens expor expressões artísticas diversas. “Tudo começou com um desafio que questionava os alunos o que eles seriam capazes de produzir em uma folha de papel em branco. E eles começaram de forma bem intimista e foram se deixando levar pela criatividade e talento, culminando também em trabalhos em 3D que nos impressionaram pelo engajamento quanto à mensagem que se queria expressar”, conta. 

PRETA

Na segunda atividade, inspirados no centenário da Semana de Arte Moderna, os estudantes produziram trabalhos diversos com traços do Modernismo. Depois, foi a vez de experimentar o uso apenas de canetas esferográficas, a exemplo das obras do artista plástico Elson Júnior, expostas na mostra Preta, instalada no hall de entrada do Vieirão. Ao ter conhecimento dos trabalhos, o artista dialogou com os estudantes do Vieira em suas redes sociais.

PARANGOLÉS E FOTOS

Os parangolés, do artista brasileiro Hélio Oiticica, também serviram de inspiração para os estudantes. São capas, tecidos, em que o artista se veste, expressando-se, por meio de textos, fotos, cores, em uma obra-ação-multissensorial. “Uma necessidade vital de desintelectualização, de desinibição intelectual, da necessidade de uma livre expressão”, como define o artista.

O desenvolvimento da criticidade dos estudantes por meio da arte também foi evidenciado nos trabalhos com fotografia. “Buscamos despertar nos alunos o olhar sensível para o belo, para o bonito, estudando e analisando como essas referências mudam conforme a própria história da arte, a cultura, os valores e experiências de cada um”, explicou a professora Joelma. “Uma determinada imagem, por exemplo, pode ser considerada bela por uma pessoa com determinado gosto estético, religioso ou social. Por outro lado, a mesma imagem pode não ser considerada bela para quem segue outra doutrina religiosa ou tem um gosto artístico diferente. Uma foto que retrate cenas duras de vulnerabilidade social pode ser vista como bonita pelo caráter de denúncia e para outros ser considerada agressiva, desconfortante e até mesmo incômoda e, tudo isso, precisa ser considerado por quem produz Arte”, completa.

XILOGRAVURAS

A aprendizagem sobre xilogravuras, no último dia 11, contou com a participação especial do artista Vinícius Ibraim que abordou o tema para os estudantes. A xilogravura é uma técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre o papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo e é uma das formas mais antigas de impressão. O xilogravurista Vinícius Ibraim ainda exibiu trabalhos e mostrou como é possível temáticas diferentes com a técnica. 

Confira agora nossa galeria com mais fotos desses momentos tão ricos de aprendizagem!

Fotos: Secom e Secop/CAV.