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No mesmo mês em que o Brasil sediou pela primeira vez a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em Belém, o Colégio Antônio Vieira realizou, em Salvador, de 24 a 28 de novembro, a oitava edição da simulação de conferências da ONU: a VIII ONU Colegial. Se no evento real na Amazônia, os avanços concretos ao final dos debates foram questionados; na simulação vieirense, eles foram notórios e indiscutíveis, como destacado pelos discursos das autoridades e participantes nas solenidades de abertura e encerramento. “Foram dias de excelência e diplomacia vivenciada de forma plena”, definiram os secretários-gerais, os estudantes Maria Flor e João Neto.

O projeto permite que alunos, ex-alunos e convidados de outras instituições atuem com protagonismo estudantil, representando chefes de países, diretores e delegados nos comitês da ONU, além de profissionais de imprensa e do staff, atuando na organização e logística, tudo com um nível de realismo impressionante na atuação dos papeis pelos estudantes. Na VIII ONU Colegial, os temas tratados pelos comitês versaram sobre grandes conflitos mundiais e questões humanitárias, como “A legitimidade da ofensiva Russo-Ucraniana”, tratada pelo Grupo dos 20 (G-20), que reúne as maiores economias mundiais.

Também outros comitês trouxeram importantes temas: Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), debatendo a “Guerra Civil no Iêmen: A ascensão dos Houthis em conflitos do Oriente Médio e Crise Humanitária”; Conselho de Paz e Segurança da União Africana (CPSUA), abordando a “Guerra e ineficiência governamental: Os conflitos no Sahel Ocidental e os obstáculos para a manutenção da paz”; Conselho de Segurança Histórico (CSH), discutindo “Crise no Iraque: Guerra ao Terror e a desestabilização do regime de Saddam Hussein”, além da Câmara dos Deputados do Brasil, tratando da “Crise da Democracia no Brasil: Manifestações radicais e possibilidade de Anistia em 2023”.

“Foram dias de debates acalorados depois de tanto tempo de preparação, resultando em todo esse processo repleto de sentido e significado”, disse o secretário-geral, João Neto. “Participar da ONU Colegial é mais que uma oportunidade, é um ato de coragem; e, nesta edição em especial, foram superadas todas as expectativas. Intensos debates, argumentações assertivas e uma presença mais que evidente, uma prova da diplomacia vivenciada”, afirmou a secretária-geral, Maria Flor. “Não que se busque sempre obter um consenso ou verdade absoluta, mas, sim, alinhar pensamentos e respeitar ideologias divergentes com um propósito de encontrar, enfim, uma resolução para o conflito”, explicou João. Eles agradeceram a todos pelo sucesso da edição.

PENSANDO O MUNDO A PARTIR DO DIÁLOGO

Quem também revelou orgulho pela qualidade do projeto alcançada, sobretudo, pelo protagonismo dos estudantes foi o diretor-geral do Vieira, professor Sérgio Silveira. “Muito mais que um exercício acadêmico, participar da ONU Colegial significa a responsabilidade de pensar o mundo a partir do diálogo, da escuta e da cooperação, valores que sustentam a supremacia real e que precisam, cada vez mais, orientar nossas escolhas cotidianas”, afirmou, ainda na abertura do evento, no dia 24, dirigindo-se aos estudantes. “Quando vocês estudam, pesquisam, argumentam e propõem resoluções, estão exercitando a mesma postura crítica e responsável que o mundo espera dos grandes líderes do presente e do futuro”, afirmou, agradecendo o empenho de todos os estudantes, equipes envolvidas e demais integrantes do Conselho Diretivo do colégio por mais uma edição de sucesso.

A emoção pelo sucesso do evento e o sentimento de saudade marcaram os discursos dos diretores dos comitês, inclusive nas indicações dos delegados, equipe de imprensa e do staff que tiveram atuação destacada, sendo homenageados com menções honrosas e nominais, no encerramento do evento, na última sexta-feira (28). Antes, a professora Gigi Albuquerque, articuladora do projeto e sempre muito aclamada pelos participantes, também pediu uma salva de palmas especial para os ex-alunos que, mesmo em suas novas rotinas nas faculdades e outros projetos de vida, retornam ao Vieira para participar da ONU Colegial, em “um projeto que construiu uma comunidade que ultrapassa as portas do colégio”, como afirmou.

Profa. Gigi também destacou o potencial dos estudantes que optam pela participação do projeto, mesmo sem valer nota no currículo escolar, “o que demonstra a maturidade de alunos que acreditam no seu potencial e buscam, para além da sala de aula, aprendizagens que os desafiem e os transformem”, como frisou a professora. “Participar de uma simulação de conferência da ONU é mais que representar países, é exercitar a responsabilidade global, a empatia e o compromisso com o futuro de vocês e do planeta”, ressaltou.

COMPROMISSO E EXCELÊNCIA EM CADA ETAPA

Feliz pelos avanços da ONU Colegial a cada edição, o diretor acadêmico, professor Anderson Rafael, emocionou a todos ao lembrar, no discurso de encerramento, os esforços e compromisso dos estudantes em cada etapa da ONU, desde o lançamento, seleção dos participantes, MOCs (modelos de treinamento de oratória e simulação da ONU) e demais atividades realizadas na própria simulação, realizada já na conclusão do ano letivo. “Fica o nosso reconhecimento a todos os que honraram este espaço com intervenções qualificadas, espírito diplomático e postura exemplar, assim como às equipes do staff e imprensa por sua atuação discreta, organizada e eficiente, em um compromisso de todo que assegurou a excelência em cada etapa”, disse, agradecendo também à Profa. Gigi, colaboradores de diversos setores do colégio, assim como às famílias dos estudantes.

“A ONU alinha-se ao nosso compromisso com uma formação integral, compreendida pelo desenvolvimento pleno da pessoa em diversas dimensões: intelectual, ética, social, emocional e espiritual, fomentando o protagonismo dos jovens na construção de um futuro mais justo e sustentável”, concluiu, evidenciando a ONU Colegial como um exemplo da concretização da missão do colégio de buscar formar cidadãos competentes, conscientes, criativos, compassivos e comprometidos com a transformação do mundo para melhor.

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