Aldri Anunciação faz palestra sobre consciência negra para colaboradores do Vieira e lança livro
Escritor, roteirista, diretor e apresentador de TV volta ao colégio para bate-papo com colaboradores

A história de Gregório, brasileiro branco de classe média que um dia acorda com um pequeno sinal preto na mão esquerda e que aos poucos vai avançando pelo corpo, transformando o jovem misteriosamente em uma pessoa negra, foi o pano de fundo da palestra sobre racismo e valorização da cultura negra, proferida pelo escritor, roteirista, diretor e apresentador Aldri Anunciação, para colaboradores do Colégio Antônio Vieira. Gregório é o personagem principal do livro “Pretamorphosis: biografia não autorizada de um ex-branco”, o mais novo livro de Aldri Anunciação, também autor de “Namíbia, Não!”, cuja história virou peça teatral de mesmo nome e o filme “Medida Provisória”, ambos sucessos de bilheteria.
O evento, realizado no último dia 16, marcou a programação especial pelo Novembro Negro do colégio que inclui a culminância de projetos interdisciplinares temáticos, além de atividades realizadas neste dia 20, Dia da Consciência Negra, como a oficina de bonecas abayomi, cuja origem está na confecção pelas mães em navios negreiros, como forma de gerar segurança e transmitir afeto para os filhos que as acompanhavam no trajeto.

O colégio também publicou neste dia 20 um artigo da professora Sálua Chequer sobre educação étnico-racial para crianças. A Profa. Sálua integra o Comitê para Educação Étnico-racial e de Gênero do Vieira, que é coordenado pela orientadora educacional Camila Portugal. Foi o comitê que promoveu a palestra com Aldri Anunciação, com o objetivo de provocar reflexões sobre as relações étnico-raciais e como elas compõem a estrutura da sociedade brasileira.

REENCONTRO
No ano passado, no mesmo período de exibição nos cinemas do filme Medida Provisória, Aldri Anunciação participou de dois eventos no Vieira, com colaboradores e estudantes. “O reencontro com Audrey foi necessário para que nós retomássemos parte de ações formativas da possibilidade de uma escola antirracista. Mais uma vez, ele reforça a necessidade de não encerrar a discussão que possa abranger toda a comunidade escolar”, frisou Camila Portugal.
Em “Pretamorphosis”, ao perceber as dificuldades de ser negro em uma sociedade que se quer branca e ainda se ver obrigado a encarar a família, namorada e colegas a partir de uma perspectiva enegrecida, Gregório inicia uma jornada de resgate de sua verdadeira identidade, até se deparar com um simples detalhe nunca antes percebido, que mudará pra sempre sua a visão sobre si mesmo. “É um livro que fala muito sobre empatia que, como diz Aldri, por mais piegas que possa parecer, é a única maneira que tem de sentir a dor do outro, colocando-se no lugar dele, vestindo a pele dele. Então, Gregório pode ser qualquer um brasileiro que passe por essa situação e que vivencia aquilo tudo, experimenta coisas alegres e muita coisa triste, ruim, que uma pessoa negra nesse país passa”, declarou a professora Sálua Chequer, que já começou a ler o livro.
Fotos: Secom/CAV.
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