470 anos dos jesuítas no Brasil celebra história e inspira futuro
Para marcar a data, uma missa foi presidida na Catedral Basílica de Salvador pelo arcebispo Dom Murilo Krieger

Quando o primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, desembarcou no Porto da Barra, em Salvador, no dia 29 de março de 1549, para fundar a primeira capital da América Portuguesa, a Companhia de Jesus já se fazia presente com os padres Manuel da Nóbrega (Superior do grupo), Leonardo Nunes, Antônio Pires, João de Azpilcueta, além dos irmãos Vicente Rodrigues e Diogo Jácome. A celebração desses 470 anos de história dos jesuítas no nosso país foi marcada por uma Missa realizada na Catedral Basílica de Salvador, presidida pelo arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, que reuniu a comunidade educativa do Colégio Antônio Vieira, integrantes das diversas obras dos jesuítas na Bahia, além da sociedade civil.
Após a Missa, animada por pastoralistas do Vieira e pelo coral de canto gregoriano In Excelsius, a programação ainda contou com uma apresentação da Camerata Esperanto, que apresentou músicas nacionais e internacionais, incluindo peças do jesuíta Domenico Zípoli. seguida da confraternização no Colégio Antônio Vieira. Para o Superior dos jesuítas na Bahia, Pe. Alexandre de Souza, a celebração do legado histórico da Companhia de Jesus dialoga com a atuação realizada no presente. “Temos que cuidar dessa missão e nos atualizar para responder aos desafios desse tempo. O Papa Francisco nos convidou a uma reflexão profunda, através da história que temos com a espiritualidade inaciana, a sermos responsáveis a ajudar as pessoas a viver processos de discernimento, de vida e de missão. Essa é uma das maiores contribuições da Companhia para o mundo de hoje”, destacou ele.
A realização da Missa na Catedral Basílica foi emblemática, por ser a antiga capela do antigo Colégio dos Jesuítas da Bahia, fundado no século XVII. “É uma alegria enorme e uma grande inspiração, pois voltamos a um dos lugares onde tudo começou. A carta do Superior Geral da Companhia, Pe. Arturo Sosa (clique aqui para ler na íntegra), retoma exatamente essa necessidade de olharmos para o futuro, através das quatro Preferências Apostólicas Universais (saiba mais). Temos pela frente um cenário desafiador e impulsionador e a coragem dos primeiros jesuítas serve para nos inspirar, qualificando todos nós, cada vez mais, para vivermos o Magis dessa missão educativa”, destacou a diretora geral do Colégio Antônio Vieira, prof.ª Mariângela Risério.
Gratidão histórica
Para o Arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, celebrar os 470 anos da Companhia de Jesus é uma forma de reconhecer um dom que a Arquidiocese recebeu. “Não é possível pensar a nossa história, desde o primeiro momento, sem levar em conta a presença dos jesuítas. Além do patrimônio cultural, como é o caso dessa Catedral, eles deixaram sementes de amor, justiça e bondade, nos ensinando a necessidade colocarmos Jesus Cristo no centro das nossas vidas. Devemos muito a eles e queremos continuar aprendendo e, assim, manifestar a Deus a nossa gratidão. Muitas pessoas que hoje conhecem e louvam o Senhor devem isso à catequese, à perseverança e ao trabalho evangelizador da Companhia de Jesus”, ressaltou.
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