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Como parte das aulas de campo do projeto pedagógico BrasilAfro, 120 estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental do Colégio São Luís (CSL), de São Paulo, estiveram em Salvador para ampliarem as aprendizagens sobre a herança africana na composição da identidade cultural brasileira – principalmente na capital baiana, cidade com maior população afrodescendente, fora da África. Na oportunidade, eles visitaram o Colégio Antônio Vieira que, assim como o São Luís, integra a Rede Jesuíta de Educação (RJE). O colégio baiano preparou uma recepção especial aos visitantes, incluindo um momento de roda de capoeira ao som do berimbau. 

Na equipe vieirense que recepcionou os visitantes, uma colaboradora caraterizada com traje típico das baianas de tabuleiro do acarajé distribuía, logo na chegada, kits com cocadas e souvernirs. No Vieira, os estudantes paulistas assistiram a uma apresentação sobre a história da Bahia e as diversas influências africanas na identidade cultural do estado, bem como participaram de uma roda de conversa com representantes do Comitê para Educação Étnico-racial do colégio que destacou algumas ações adotadas, visando promover uma educação antirracista. 

Os alunos do CSL ainda fizeram um tour pelos diversos espaços de aprendizagem do Vieira, tanto na unidade destinada aos estudantes do 1º a 7º ano do Ensino Fundamental (Vieirinha) quanto à reservada aos alunos do 8º ano à 3ª série do Ensino Médio (Vieirão). Houve um momento de espiritualidade conduzido, com orações e músicas, pela equipe de pastoralistas da Formação Cristã do colégio. Em nome do diretor-geral, professor Sérgio Silveira – que participa na Argentina de um encontro de diretores-gerais de colégios jesuítas da América Latina –, o diretor acadêmico do Vieira, professor Anderson Rafael Souza destacou a importância de ações integradas entre as unidades educativas da RJE, agradecendo a todos pela visita.

ENCONTRO DE APRENDIZAGENS

Ao final, o capoeirista Robson Dias, colaborador da equipe das bibliotecas do Vieira, convidou os estudantes paulistas para uma animada roda de capoeira, ampliando os momentos de integração com os alunos vieirenses que também estavam no Pátio Centenário, no intervalo de aulas. “Foi muito legal estar em Salvador e poder ver mais da representatividade da cultura africana e também estar no Vieira, com estudantes da nossa idade de uma escola jesuíta como a nossa e que também são pessoas mais inseridas nesse meio cultural afro, o que foi muito importante para as aprendizagens do nosso projeto”, declarou a estudante paulista Maria Vitória Vasconcelos, que integrou a mesa da roda de conversa sobre educação antirracista. “A gente conheceu tantos locais importantes para o nosso projeto, assim como o Vieira, que tem alunos e uma estrutura muito legais, e acabou sendo um dos melhores dias da nossa viagem”, disse Heitor Pires, também aluno do CSL. 

A professora Luciana Alves, orientadora educacional no colégio paulista, explicou que antes da visita a Salvador, os alunos também estiveram em lugares representativos da cultura negra em São Paulo. “Temos o nosso projeto BrasilAfro que integra diferentes componentes curriculares, que também contou com um estudo de campo em São Paulo, onde visitamos lugares de memória da cultura negra que sofreram um processo de apagamento”, disse.

“A gente estudou várias formas de combate ao racismo e manifestações da resistência negra, com a culminância do projeto agora em Salvador, onde também pudemos visitar o Colégio Antônio Vieira, lugar em que fomos muito bem-recebidos com atividades muito bacanas e a gente adorou!”, completou a a professora Luciana, falando também em nome da equipe pedagógica do CSL que acompanhou os alunos no estudo de campo na Bahia.   

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Fotos: Secom/CAV.