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Instituído há sete anos pela Federação Latino-americana dos Colégios Jesuítas (Flacsi), o Sistema de Qualidade na Gestão Escolar (SQGE) entra em novo ciclo, neste ano de 2022 – sendo desenvolvido por todas as unidades educativas da Companhia de Jesus atuantes na América Latina, dentre elas, o Colégio Antônio Vieira. “O SQGE nos permitirá uma melhoria contínua de nossos processos e resultados, gerando um ciclo virtuoso de reflexão e colaboração em rede”, diz a Flacsi em texto de apresentação do projeto. “A qualidade será expressa como consequência nos resultados, assim como na coerência dos nossos modos e processos de se organizar e trabalhar em nossos centros educativos”, frisa a federação.

O SQGE avalia as escolas jesuítas a partir de quatro âmbitos: Pedagógico-curricular; Organização, Estrutura e Recursos; Clima Escolar; e, Família e Relações com a Comunidade Local. No Vieira, a diretora-geral, professora Mariângela Risério, destaca os avanços em qualidade alcançados a partir da implantação do sistema.

“Desde 2015, com a implantação do SQGE, experimentamos a cada ano transformações e qualificações de nossa escola. Assim, focada em uma análise crítica da realidade (qualidade educativa), a definição de estratégias de intervenção, de melhoras definidas como relevantes para alavancar as aprendizagens dos nossos estudantes, a escola engajou-se em uma cultura de qualificação constante em todos os âmbitos”, conta a diretora, completando: “Posso afirmar que protagonizamos e experimentamos uma revolução cultural em nossa comunidade educativa! Nos tornamos uma comunidade aprendente, ousada e corajosa no enfrentamento de suas contradições, além de potente e potencializadora de reinvenções e ressignificações. Isto é grandioso!”

AVANÇOS ALCANÇADOS

Neste segundo ciclo, os trabalhos estão sendo coordenados pelo gestor de Tecnologias de Informação e Educação, Anderson Rafael Souza. Na primeira fase, que teve como foco a autoavaliação institucional, ele contou com o apoio de quatro coordenadoras de âmbito: Aidil Brites (Secom); Cristina Cardoso (Secop); Gabriela Imbassay (Controladoria) e Lívia Farani (SOE). As atividades foram iniciadas a partir de uma formação com a professora chilena Marcela Román, facilitadora externa que integra a equipe de apoio estratégico da Flacsi.

“Como coordenadora do âmbito Família e Comunidade local, pude gerenciar e acompanhar as reflexões do grupo, no sentido de analisar como o colégio dialoga, reflete, apoia, colabora e trabalha com os pais, as famílias e a comunidade local. Revisitamos nossos projetos, o nosso modo de ser e proceder com as nossas ações, procedimentos e atitudes com os estudantes, famílias e a comunidade”, diz a coordenadora do Serviço de Orientação Educacional do Vieira (SOE), professora Lívia Farani. Segundo ela, o grupo constatou o quanto foi importante o processo de autoavaliação. “As evidências coletadas ao longo dos últimos anos potencializaram as nossas ações e nos mobilizaram a qualificar, cada vez mais, os nossos planejamentos e engajamentos nas ações educativas”.

VISÃO SISTÊMICA

A gestora da Controladoria, Gabriela Imbassahy, que está à frente do grupo que avalia o âmbito da “Organização, Estrutura e Recursos”, frisa que “a fase da autoavaliação permite que colaboradores, de áreas distintas, discutam e aprofundem seus conhecimentos sobre temas e processos, ampliando a visão sistêmica acerca da instituição”. Já a professora Cristina Cardoso, coordenadora da 3ª série do Ensino Médio e líder do grupo do âmbito “Pedagógico-curricular”, diz que a experiência de participar do SQGE tem sido de muita aprendizagem e conhecimento sobre a escola como todo.

“O trabalho é muito gratificante, pois percebemos a quantidade de atividades e projetos que são desenvolvidos, na busca constante de ofertar aos nossos alunos uma educação comprometida com a aprendizagem significativa e com transformação social. Destaco também a importância de fazermos a autoavaliação das nossas práticas para que possamos conhecer os nossos pontos fortes e trabalharmos para avançar nos aspectos que ainda não estão abaixo das nossas expectativas”, frisa a professora Cristina.

Já a jornalista Aidil Brites, gestora do Setor de Comunicação e Marketing, lidera o grupo sobre Clima Escolar. Ela avalia que o engajamento e a dedicação das equipes foram essenciais para o avanço das atividades dessa primeira fase do Sistema de Qualidade. “A autoavaliação é fundamental para entendermos como podemos qualificar ainda mais todos os indicadores que nos identificam enquanto escola jesuíta. Isso nos torna ainda mais maduros institucionalmente, de forma sistêmica”, pontua.

Como no primeiro ciclo, a autoavaliação pelas unidades educativas precisa seguir um guia com 80 indicadores, a serem comprovados por evidências. Os indicadores permitem avaliar o sucesso de cada um dos âmbitos, contribuindo para uma análise objetiva sobre as aprendizagens que toda escola espera proporcionar a seus estudantes. Na segunda fase, quando serão concebidos os projetos de melhoria, serão fixadas as metas pretendidas pela escola nas aprendizagens. O cumprimento das metas será monitorado ao final do processo de melhoria, prévio à auditoria externa.

Imagens: Flacsi e Secom/CAV.