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O ano era 1915. Na ocasião, o Colégio Antônio Vieira, com apenas quatro anos de fundação, celebrava uma iniciativa inovadora dos seus alunos. Conta uma ata da época:“Neste 28 de outubro, nosso colégio teve a honra de ver inaugurada a sua Academia de Artes e Cênicas”. Passados 100 anos, a Academia Vieirense de Letras e Artes (AVLA), refundada em 2014, celebrou, com um sarau inesquecível, essa trajetória centenária de valorização das mais diversas expressões artísticas.

O último sarau de 2015 lotou a Sala de Arte Sálua Chequer, no dia 16/11, emocionando os integrantes da AVLA e toda a plateia. O espetáculo fez um passeio por todos temas abordados desde a refundação, com músicas, dramatizações, poesias e performances diversas. O professor Paulo Reis, coordenador da Academia, ressaltou a importância do trabalho desenvolvido com os alunos. “Quem está aqui hoje não é o princípio e nem o fim de nada, sobretudo quando se trata de uma escola centenária como esta. O que esses jovens fizeram desde 2014 foi algo absurdo. Se a gente joga um pouco de ambição em fazer arte, beleza e espalhar amor, eles vão muito longe”, disse ele.

O clima de despedida, por parte dos alunos que cursaram da 3ª série EM neste ano, também marcou o sarau. “É um momento de tristeza, por não saber a frequência que eu poderei visitar o Vieira, mas, ao mesmo tempo, de felicidade, pois tenho certeza de que nós organizamos um ano incrível para os alunos que estão chegando. A Academia fez de 2015 um ano inesquecível para mim”, destacou Luana Chacra, presidente da AVLA.

A mãe vieirense, Rita de Cássia Ferreira, acompanhou diversas apresentações realizadas durante o ano pela AVLA e se mostrou extremamente feliz com o projeto. “É uma iniciativa genial. Eles amam fazer tudo isso que foi mostrado no sarau. A Academia traz esses jovens para o lado bom da vida, ligado a todas as artes, além de revelar talentos incríveis”.

Para Jane Medrado, diretora acadêmica do Vieira, o sucesso da Academia Vieirense de Letras e Artes traduziu a capacidade de superação de todos os integrantes. “Esse último sarau do ano ficou marcado pela emoção. São muitos talentos descobertos, que deram vida, luz, cor e som a essa Academia. Esses jovens vão trilhar caminhos diferentes nas universidades, mas desejamos que sempre haja um espaço na agenda de todos para que eles retornem”, finalizou ela.