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Pequenas? Que nada! As crianças do 3º ano do Ensino Fundamental do Colégio Antônio Vieira mostraram esta semana que já se tornaram gigantes nas aprendizagens sobre as influências africanas na cultura baiana, principalmente em Salvador, cidade com a maior quantidade de afrodescendentes fora da África, representando quase 83% da população. Na culminância do projeto pedagógico “Salvador: território africano”, nos últimos dias 25 e 26, elas deram um verdadeiro show sobre os novos conhecimentos construídos, além de usarem a música baiana para expressar um pouco das conquistas alcançadas nos estudos realizados no segundo semestre letivo.

O evento, divulgado pelas redes sociais do colégio, chamou a atenção do cantor Saulo Fernandes, autor da canção “Raiz de Todo Bem”, cuja frase inicial dá nome ao projeto. Ele publicou emojis expressando o carinho pela iniciativa. O bloco afro Ilê Aiyê também repostou em suas redes sociais parte da apresentação das crianças com a canção “O Mais Belo dos Belos”, que faz referência ao bloco, um dos mais icônicos da cultura da cidade. Mas, para além dos ritmos, as crianças ainda revelaram um pouco do que aprenderam sobre as influências africanas na culinária, nas vestimentas, nas coreografias, festas populares, ritmos e gingados do povo baiano, hoje também uma referência na capoeira. A plateia de convidados especiais aprovou! Veja no vídeo!

As canções e textos apresentados, no Auditório Mabel Velloso, seguiram-se por uma mostra artística de desenhos e outras produções dos estudos realizados, na exposição “Raízes Africanas: suas histórias e suas belezas”, instalada no Pátio Aquarela. “Um estudo que proporcionou aos alunos experiências sobre a influência dos povos africanos na construção da nossa identidade, criando espaços para uma diversidade de temáticas que dão conta de promover a reflexão crítica da realidade”, afirmou a coordenadora pedagógica, professora Carla Moura.

O projeto “Salvador: território africano” integra-se à série de ações desenvolvidas no Vieira voltadas para uma formação integral que promove a cidadania global, sem deixar de valorizar a identidade cultural local, incluindo as influências africanas. A ação também se alinha a proposta de oferecer desde cedo uma educação antirracista para crianças e jovens, com iniciativas durante todo o ano letivo, e não apenas no Mês da Consciência Negra.

ÁFRICA: EU SOU PORQUE NÓS SOMOS

Em outubro, por exemplo, foi a culminância do projeto pedagógico “África: eu sou porque nós somos”, desenvolvido com crianças ainda menores, do 1º ano do Ensino Fundamental (EF), que também se mostraram gigantes em aprendizagens acerca do tema. Neste caso, as crianças ainda aproveitaram o clima de celebrações de fim de ano e encenaram o nascimento do Menino Jesus, sempre valorizando a interpretação também por crianças pretas entre os membros da Sagrada Família e Reis Magos.

Veja mais fotos desses dois momentos lindos no Vieira!

Fotos: Secom/CAV.