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Passadas as primeiras semanas de isolamento domiciliar, as famílias dos alunos do Colégio Antônio Vieira já começam a definir rotinas, dividir tarefas e aprender a lidar com as crianças e adolescentes diante da nova modalidade de estudo, conduzida pela escola a distância. Os próprios estudantes também já revelam um maior entendimento de que a suspensão temporária das aulas presenciais foi necessária para tentar reduzir a velocidade de contágio do novo coronavírus, mas que, definitivamente, o período em casa não significa férias. Ao contrário, tem envidado esforços de toda a comunidade educativa para assegurar a aprendizagem em meio à realidade mundial da pandemia da COVID 19.

É a impressão atual da equipe de psicólogos, pedagogos e psicopedagogos que integram o Serviço de Orientação Educacional (SOE) do Vieira. Os profissionais do SOE, que já faziam o acompanhamento do aluno presencialmente na escola, agora continuam o trabalho por e-mail e telefone, buscando atender e interagir com as famílias e, particularmente, com os alunos, quando necessário. Após o início da segunda fase do estudo dirigido, com a inclusão das aulas ao vivo, os orientadores educacionais também se fazem presentes até nas videoconferências, apoiando os estudantes e os professores na adaptação à nova rotina de atividades on-line – uma novidade, sobretudo, para os alunos do Ensino Fundamental.

“Estamos num momento difícil e delicado mesmo, em que tudo é novo para todos nós, com famílias trabalhando e convivendo o tempo todo em casa, alunos estudando com a condução dos professores por meio de plataformas de ensino a distância e até nós mesmos, os orientadores educacionais, passando a atender os alunos sem aquele contato próximo, o abraço, expressões presenciais de afeto que também eram comuns na nossa rotina”, diz a pedagoga e psicopedagoga Lívia Farani, coordenadora do SOE do Vieira.

Lívia destaca que, além do monitoramento diário e personalizado da execução das atividades propostas para os alunos por meio das plataformas Moodle, Geekie One e Sistema Ari de Sá (SAS) – de acordo com o segmento – as equipes do SOE têm prestado apoio às famílias por meio da escuta, acolhimento e até mesmo ajudando em pequenos conflitos de ordem pessoal impostos pela nova situação mundial. “Temos orientado sobre a importância, por exemplo, de estabelecer rotinas, entendendo o momento de exceção e superação, além das possibilidades de novas aprendizagens mesmo em meio às condições adversas”, revela a coordenadora, que também é orientadora educacional do 2º ano do Ensino Fundamental (EF).

ORIENTADOR POR SÉRIE

O Vieira conta com um orientador educacional para cada série, fato que, segundo Lívia, contribuiu para os avanços alcançados na implementação das fases de estudo on-line pela escola. “Foi um diferencial para entendermos as necessidades específicas das turmas, considerando as faixas etárias e fases de crescimento, inclusive agora com as atividades a distância”, disse.

No 1º ano do EF, a pedagoga e psicopedagoga Carla Moura ressalta o desafio para as crianças menores que ingressaram no Colégio este ano e que, quando já começavam a formar vínculos de amizade com os novos coleguinhas, tiveram que se adaptar à rotina das atividades escolares on-line, em isolamento domiciliar. “Elas vivem uma expectativa quanto à nova escola e, por isso, o SOE tem buscado promover essa aproximação, num processo também de muita escuta dos alunos e suas famílias que também estão estreando no uso das plataformas do Vieira”, conta a orientadora educacional da série. Carla tem participado dos encontros on-line das turminhas com os professores, acompanhando a execução das tarefas, além de auxiliar a equipe pedagógica com sugestões de interação e atividades ricas em ludicidade

No 6º ano EF, a orientadora Camila Portugal, que é pedagoga e psicopedagoga, diz que já há atualmente uma conscientização das famílias sobre a importância de todas as atividades propostas pela escola – que vão bem além das aulas ao vivo. “No início, a questão do isolamento social gerou um deslocamento de todos nós diante de uma nova realidade diferente da qual estávamos acostumados e, agora, temos recebido depoimentos emocionados de mães que revelam terem conseguido superar as dificuldades iniciais do processo, entendendo melhor todos os esforços da escola em prol do aluno também nesse momento, inclusive com o uso de instrumentos diversificados”, diz.

No Ensino Médio, a também pedagoga e psicopedagoga Daisy Borali, orientadora educacional da 1ª série EM, tem orientado os alunos adolescentes sobre o respeito à disciplina e a organização dos estudos. “Temos uma educação para o aluno contemporâneo que tem um novo modelo mental de aprendizagem e que, com disciplina e organização, consegue ter bons resultados, inclusive ricos em proatividade, mesmo nesse momento de estudo conduzido pela escola de forma on-line”, frisa Daisy.

INCLUSÃO

A equipe do SOE do Vieira ainda conta com o atendimento especializado para os alunos de inclusão, a exemplo dos estudantes com autismo ou algum tipo de deficiência intelectual. As psicólogas Luciana Nunes e Adriane Sampaio conduzem os trabalhos, com apoio de estagiários, no dia a dia da escola. Agora, com as atividades a distância, elas têm buscado uma interação ainda maior com as famílias, inclusive a partir de pastas individualizadas de tarefas para os alunos nas plataformas de ensino. “As famílias podem acompanhar as atividades em geral das turmas no Moodle, por exemplo, optando pelos exercícios dentro da mesma temática, mas adaptados conforme as necessidades do aluno”, explica Luciana. Ela destaca a parceria das famílias, com sugestões e retorno em tempo real, contribuindo para o sucesso das atividades on-line.

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