Palestra no Vieira discute reascensão da Aids entre jovens
Evento, que envolveu alunos do Ensino Médio, foi promovido pelo Núcleo Acadêmico e Incentivo ao Conhecimento (NAIC).
Os alunos do Ensino Médio participaram no dia 05/09, na sala de arte Sálua Chequer, da palestra “Reascensão da AIDS entre os jovens”. O evento, promovido pelo Núcleo Acadêmico e Incentivo ao Conhecimento (NAIC), teve como objetivo discutir o aumento do índice de novos casos da doença no Brasil. O bate-papo foi ministrado pelo monitor do curso de extensão da UFBA, Vitor Rosa, e pela Liga de Infectologia da UFBA. Eles abordaram as causas, formas de prevenção e tratamento da doença.
Segundo Vitor Rosa, com a ascensão do HIV entre jovens, torna-se indispensável levar informações cientificas, didáticas e atuais, a fim de promover a conscientização. “Palestras com a temática do HIV/Aids devem ser recorrentes em espaços de interação. Estar em uma escola, falando desse tema com os jovens é um fator que contribui para a redução dos estigmas gerados pela síndrome”, destacou ele.
A aluna da 3ª série EM, Gabriela Garcia, ressaltou que o evento foi um momento esclarecedor e interessante. “Considero muito importante tratar de assuntos assim, porque a nossa geração negligencia muito problemas, como é o caso do HIV, e isso traz consequências. Gostei muito da maneira com que eles abordaram o assunto, pois foi dinâmico e esclarecedor”, relatou a estudante. O representante do NAIC, Lucas Viana, complementou: “com a falta de visibilidade, tivemos o aumento de casos no Brasil. Por isso trouxemos a temática para debate e foi interessante”.
Dados alarmantes
Um levantamento do Ministério da Saúde publicado em 2017 mostra que a epidemia de Aids tem se concentrado, principalmente, entre populações vulneráveis e pacientes mais jovens. Segundo o estudo, destaca-se o aumento entre jovens de 15 a 24 anos, sendo que entre 2006 e 2015 a taxa entre aqueles de 15 a 19 anos mais que triplicou, passando de 2,4 para 6,9 casos a cada 100 mil habitantes. Entre as pessoas de 20 a 24 anos a taxa dobrou, passando de 15,9 para 33,1 casos a cada 100 mil habitantes.
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