Programa Bilíngue do Vieira sensibiliza crianças para realidade da deficiência visual
Estudantes do 3º ano EF aprendem inglês, associando conhecimentos sobre arte, robótica e até mesmo o alfabeto braile
As crianças do 3º ano do Ensino Fundamental (EF) do Colégio Antônio Vieira refletiram sobre o cotidiano das pessoas com deficiência visual, enquanto aprendiam sobre o tema em inglês. Para que a aprendizagem ocorresse de forma bem natural e estimulante, considerando a faixa etária das pequenas e pequenos alunos, 8 e 9 anos, a temática foi explorada, a partir de metodologias ativas, promovendo a sensibilização para a questão, utilizando recursos como a arte e a associação com o alfabeto braile. Na parceria com a equipe de Mídia Educacional/Robótica, após pesquisarem sobre o tema na língua estrangeira, as crianças fizeram a programação e montagem de óculos ultrassônicos, que detectam obstáculos a uma distância, enviando mensagens em áudio, no caso em inglês.
ÓCULOS ESPECIAIS
“A proposta visa engajar ainda mais as crianças com a temática social e tecnológica, assim como aumentar o repertório linguístico. Tal ação contribui para o desenvolvimento de competências de suma importância na vida dos nossos alunos, tais como colaboração, gestão do tempo, criatividade, pensamento crítico e lógico, dentre outras”, explicou a professora do Bilíngue, Diana Cardoso, idealizadora do projeto interdisciplinar. No caso das aulas em parceria com a robótica, antes de partirem para a montagem dos óculos com sensores, os alunos também se aprofundaram e coletaram informações sobre o conteúdo técnico. “Uma excelente forma de praticar as habilidades de leitura e escrita em inglês”, frisou a teacher.
ARTE
Nas atividades do Programa Bilíngue curricular, os estudantes tiveram um desafio: fazer uma releitura de obras de arte de pintores famosos que permitissem que pessoas com deficiência visual pudessem explorar o tato e outros sentidos para melhor compreender os trabalhos. A atividade também previa o uso de massinha, grãos e contas para reproduzir o alfabeto braile, traduzindo o nome da obra, a partir de como esta é conhecida em inglês. Com o apoio das famílias, as crianças usaram a criatividade para desenvolver e apresentar, no segundo idioma, a releitura, imaginando, inclusive, melhores formas para facilitar o entendimento.
FAMÍLIAS APROVAM
“Poderíamos coletar essas produções para expor no Instituto dos Cegos, no Barbalho. Eu acho que eles vão amar”, sugeriu a química Josanaide Teixeira, mãe de aluna da série. Ela e outras mães e pais dos estudantes das turmas do 3º ano EF revelaram que ficaram encantados com a proposta de aprendizagem associada à reflexão para a realidade das pessoas com deficiência visual. A coordenadora pedagógica da série, professora Milmar Haun, ressaltou que “o projeto exemplifica a proposta de educação integral do Vieira conectada aos interesses e realidade das crianças do tempo presente”. Ela já está buscando contato com o Instituto dos Cegos da Bahia para falar sobre as atividades desenvolvidas no Vieira que possam interessar a instituição.
Vamos conferir mais fotos dessa atividade tão especial?
Fotos: Secop e Secom/CAV.
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