24.11.15

Jurista Dalmo Dallari participa de roda de conversa sobre direitos humanos no Vieira

Duas rodas de conversa com pais e convidados especiais, realizadas no dia 11/11, marcaram o encerramento do projeto “Direitos Humanos e Cidadania” em 2015.

Duas rodas de conversa com pais e convidados especiais, realizadas no dia 11/11, marcaram o encerramento do projeto “Direitos Humanos e Cidadania” em 2015. A presença de Dalmo Dallari, um dos maiores juristas brasileiros e autor do livro utilizado e que dá nome à iniciativa, desenvolvida na 8ª série EF, emocionou alunos e professores envolvidos ao longo de todo o ano na discussão sobre os direitos humanos.

A professora Edna Lúcia, que atuou como mediadora nas rodas de conversa, ocorridas nos turnos matutino e vespertino, destacou a importância do evento. “Serviu como uma oportunidade de finalizarmos uma etapa do projeto, não a nossa educação em direitos humanos. Essa é uma semente plantada desde o primeiro ano do Ensino Fundamental e trazida pelo Vieira por todas as séries. É um projeto que deve ser levado para as vidas dos nossos alunos, enquanto cidadãos construtores de um país diferente e melhor”, disse ela.

O professor Dalmo Dallari foi recebido com muitos aplausos por todos alunos, professores e pais presentes no auditório Mabel Velloso. Bastante emocionado, ele agradeceu a oportunidade de trazer um panorama histórico sobre as iniciativas envolvendo os direitos humanos, desenvolvidas por ele desde a década de 60. “Eu quero dizer que estou realmente emocionado pela oportunidade de ter esse contato com os alunos. Este colégio está fazendo uma coisa nova e extremamente importante. Esse modelo precisa ser replicado em outras partes do Brasil”, destacou ele.

Para o jurista, a sua luta pelos direitos humanos já produziu efeitos importantes, mas ainda precisa de cada vez mais envolvimento de toda sociedade. “Eu fico imensamente agradecido pelo que os professores fizeram aqui no Colégio Antônio Vieira, pois eles têm uma responsabilidade especial. São eles que influem na formação e na conscientização de todos esses alunos. No entanto, em relação aos direitos humanos, todos nós devemos ser professores. Temos a oportunidade de chamar a atenção de alguém que cometa uma injustiça. Não podemos perder essa oportunidade”.

Também participaram como convidados no turno matutino Maria Auxiliadora Kraychete e Marcos do Nascimento de Almeida. À tarde, marcaram presença Fábio Nogueira, Jorge Raimundo Cernadas, além do professor Ailton Ferreira, assessor especial da Secretaria de Igualdade Racial do Estado Bahia. “Quando se fala em políticas públicas afirmativas e de direitos humanos, percebemos a necessidade de discutir esses temas nas escolas. Hoje nós temos propostas em efetivação de colocar os direitos humanos na grade dos cursos de licenciatura. Precisamos aprender a fazer diferente do que vem sendo feito até aqui”, afirmou o professor Ailton.

Projeto ganha visibilidade internacional

O 6º Colóquio Latino-americano de Educação em Direitos Humanos, realizado na Universidade Nacional de Lanús, na Argentina, entre os dia 28 e 30/09, contou com a participação dos professores Vânia Virgens e Luís Henrique Gois, que abordaram a experiência do Colégio Antônio Vieira no desenvolvimento do projeto “Direitos Humanos e Cidadania”. “Tivemos uma surpresa extremamente grata, pois apresentamos a única experiência prática na educação básica. Foi muito gratificante e tivemos um grande reconhecimento devido à nossa capacidade de aliar a teoria com a prática, por meio das experiências que desenvolvemos aqui na escola”, destacou o prof. Luís Henrique.

A professora Vânia Virgens, coordenadora pedagógica das 7ª e 8ª séries EF, ressaltou que o artigo desenvolvido para o Colóquio ilustrou a experiência vivida entre os professores, envolvendo as discussões sobre o livro de Dalmo Dallari e a posterior implantação desse projeto junto aos alunos. “Relatamos todas as experiências que tivemos, junto com os pilares que sustentam a pedagogia inaciana. Trabalhar com direitos humanos é sempre ficar atento às questões urgentes que envolvem a vida. Nós fomos porta-vozes de um trabalho feito por muitas mãos e representar esse coletivo de professores representou uma grande responsabilidade”, salientou ela.

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