Comitê para Educação Étnico-racial do Vieira promove palestra sobre práticas pedagógicas para uma cultura antirracista
Atividade especial reuniu integrantes do núcleo, formado por educadores de diversos setores do colégio

“A mudança não chegará se esperamos outra pessoa ou outro tempo. Somos nós mesmos os que estávamos esperando. Somos a mudança que buscamos”. Frases como esta, do ex-presidente americano Barack Obama, ou mesmo de brasileiros que se tornaram referência no combate ao racismo, como a escritora e filósofa Djamila Ribeiro, que diz “Como negra, não quero mais ser objeto de estudo, e sim sujeito da pesquisa”, serviram de inspiração para a palestra promovida na última sexta-feira (3) pela professora Joelma Serra para educadores, docentes e não-docentes, que integram o Comitê para Educação Étnico-racial do Colégio Antônio Vieira.
“Inferência pedagógica diaspórica” foi o tema apresentado pela palestrante que destacou como a “afrobetização” deve permear atividades em áreas distintas do conhecimento nas práticas pedagógicas no cotidiano. O evento foi aberto pelo coordenador do Comitê, professor Jacson Paim (História), que ressaltou a importância dos encontros quinzenais do grupo para as ações afirmativas propostas. “Estamos fazendo momentos de formação com os integrantes do Comitê que são importantes como parte do processo de construção do conhecimento acerca da temática antirracista, visando também a implementação de mais medidas educativas nesse sentido no colégio”, disse o Prof. Jacson. O diretor acadêmico do colégio, professor Anderson Rafael, também participou da reunião formativa, realizada no Espaço Klein SJ.

A palestra da professora Joelma contribuiu para “o exercício de ‘olhar’ para ver evidências das contribuições e permanências das pretitudes na contemporaneidade”, como frisou a professora, que leciona Arte no colégio. Ela exemplificou alguns resultados já notados na luta pela conscientização da sociedade contemporânea e que podem gerar novos avanços a partir de uma educação antirracista, como a que propõe o comitê do Vieira. Pois é: “Se o muro que me impede de avançar é o racismo, vou derrubar com minha consciência negra”. A frase, desta vez de autoria da líder quilombola e ativista baiana Eli Odara Theodorо, estava entre as apresentadas na conclusão da palestra, entusiasmando os integrantes do comitê, que também contribuíram com depoimentos e participando das dinâmicas.

ENTRE ESTUDANTES
Na semana anterior, no dia 1º, a Profa. Joelma também foi a convidada especial para falar para crianças, alunas do 3º ano do Ensino Fundamental (EF), sobre a importância da cultura afro-brasileira, como parte das ações do projeto interdisciplinar da série “Salvador: território africano”. Com ludicidade, ela mostrou as técnicas artísticas e contribuições herdadas notadas em tecidos com estampas que valorizam a temática africana, complementado as aprendizagens acerca de valorização da identidade regional e suas influências, encantando as crianças com práticas pedagógicas que também foram tratadas na reunião do comitê.
Veja fotos desses dois momentos!
Fotos: Secom/CAV e Luís Gois-Secop/CAV.
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