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28.10.25

Avla completa 110 anos e consolida força da academia entre gerações de jovens estudantes

Aniversário foi celebrado com série de espetáculos e filmagem de documentário, além do Sarau Atrás da Porta, que encerra atividades do ano histórico  

Avla completa 110 anos e consolida força da academia entre gerações de jovens estudantes

Fundada em 28 de outubro de 1915, a Academia Vieirense de Letras e Artes (Avla), núcleo estudantil do Colégio Antônio Vieira, completa 110 anos nesta terça-feira (28). Para celebrar, a academia promoveu uma série de espetáculos neste segundo semestre do ano, como saraus literários, peças teatrais e apresentações musicais que mostraram a força do núcleo de protagonismo estudantil, consolidada em mais de um século de história e muito talento. Para coroar as atividades em alto estilo e comemorar o aniversário especial, a Avla também realizou, no último dia 19, a apresentação do Sarau Atrás da Porta, que se inspirou na canção de Elis Regina e contou om a participação de todos os setores da Academia em uma grande mostra artística que marcou o encerramento da histórica temporada de 2025. 

Uma criativa adaptação da peça Saneamento Básico (25 a 27/08), apresentações musicais em eventos como o Dia da MPB (20/08) e o Dia do Rock (dias 17 e 26/09), e também na Semana da Criança, em outubro, além do Sarau Raízes (4/09) e o já tradicional Grammy Dance Awards (19/09), entre outros, brindaram os estudantes. No primeiro semestre, também foram várias mostras de talento, como o Sarau de Abertura, uma exposição do Setor de Artes Plásticas e Fotografia, na Passarela da Arte, além do encantador Sarau do Amor e, pela primeira vez este ano, um carinhoso espaço aberto para motivação e integração artística na montagem do Sarau dos Colaboradores. 

“Estar à frente desse projeto em uma data tão especial me faz olhar para trás e lembrar da centenária história do núcleo que, ao longo de tantas décadas, foi parte essencial do ciclo escolar de muitos, assim como é do meu. A academia, em seus 110 anos, uniu e seguiu existindo por meio dos talentos de alunos e ex-alunos que, com um propósito em comum, colaboram para se expressar da mais linda forma: pela arte”, declarou a estudante Mariana Gitirana, atual presidente da Academia. “A Avla se faz única a partir do conjunto das individualidades de cada membro e se tornou um espaço de troca, feito para os estudantes e pelos estudantes, que se doam pelo que acreditam, além de servir, muitas vezes, como um respiro na rotina corrida de estudos”, completou, feliz pelas tantas histórias de protagonismo artístico dos estudantes que a Avla ajudou a construir ao longo dos anos.

DOCUMENTÁRIO

O que não falta à Avla é uma grande história, como a da própria Academia, que vai ser contada no documentário especial de 110 anos que começou a ser filmado pelos integrantes. Um trabalho que envolve pesquisa de fotos e textos no acervo do Memorial do Vieira e entrevistas com artistas consolidados que passaram pela Academia, ex-alunos, atuais integrantes, gestores atuais e antigos do colégio. “O objetivo é o de contar histórias da academia que são, ao mesmo tempo, importantes e desconhecidas, mesmo para aqueles que passaram recentemente pela Avla”, contou também à revista VIEIRA+ o estudante Peter Padre, do Setor de Fotografia da Academia. “É um trabalho bem bonito que partiu da iniciativa dos membros da academiam desse protagonismo dos estudantes”, como completou o professor Paulo Reis, de Literatura, em depoimento para a revista. Ele é o articulador do núcleo junto aos estudantes.  

A FUNDAÇÃO

A Avla surge, em 1915, a partir da fundação da então Academia de Artes Cênicas, como revela a ata da fundação: “Neste 28 de outubro, nosso colégio teve a honra de ver inaugurada a sua Academia de Artes e Cênicas”. Sete anos depois, em 1922, o Vieira ganhou outro importante núcleo: a Academia de Ciências e Letras. Projetos pujantes que incentivaram, durante anos, as aprendizagens em arte, literatura e ciências como atividades extracurriculares do Vieira, mas que acabaram perdendo o fôlego, a partir de contextos históricos e sociais que se sucederam, afetando a dinâmica escolar. Até que, em 2014, os estudantes resgataram a força dos núcleos de protagonismo, refundando e unindo as atividades das academias, agora batizada de Avla, unindo as atividades de Cênicas e Letras; e, no ano seguinte, em 2015, criando o Núcleo Acadêmico de Incentivo ao Conhecimento (Naic), abarcando as atividades científicas. 

Assim, desde que foi refundada em 2014, a Avla tem reafirmado a força da promoção da arte, em setores que não mais se limitam às Artes Cênicas (Setor de Teatro), mas abrangem Literatura (Letras) e, também, Dança, Música, Fotografia, Artes Plásticas, além de Produção Cultural. Por exemplo, quando uma peça é apresentada, o talento dos integrantes não é revelado apenas na interpretação de personagens, mas toda a arte de produção, direção, iluminação, figurino e iluminação, expressa a riqueza de aprendizagens de suas produções. 

GRANDES TALENTOS REVELADOS

Assim como se destaca revelando talentos no campo científico, a exemplo do educador Anísio Teixeira, o Vieira celebra os 110 anos da Avla, trazendo também em sua história expoentes da área, da contemporaneidade ou de outrora. Nomes como Jorge Amado, Mário Cravo Jr., Bel Borba, Armandinho, Daniel Boaventura e Ana Cecília Costa estudaram no colégio. Entre eles, integrantes da Avla, como conta a atriz global. 

“Em Salvador, estudei no Colégio Antônio Vieira, que foi fundamental na minha formação. Comecei a estudar teatro aos 14 anos no Vieira em um grupo extraclasse, dirigido por Luiz Felipe Pondé (hoje, filósofo), onde montamos O Santo Inquérito”, declarou Ana Cecília Costa, em entrevista ao jornal A TARDE.  

“As personalidades são inspirações para as novas gerações de estudantes vieirenses. Não meramente pela fama, mas porque evidenciam a importância que damos a uma educação que também valoriza as letras e as artes como componentes de uma formação integral voltada para o desenvolvimento do estudante em diversas dimensões: cognitiva, socioemocional e espiritual-religiosa”, destaca o diretor-geral do colégio, professor Sérgio Silveira. Para ele, as concorridas audições de ingresso na Avla e a alta qualidade na produção de grandes espetáculos, como a encenação de Mundaréu de Mim (2024), já são, por si só, uma evidência de o quanto a academia consagra-se, ano após ano, como um pujante vetor de estímulo à arte.

Confira mais fotos de alguns dos momentos brilhantes da nossa centenária e sempre jovem Avla!

Fotos: Memorial e Secom/CAV

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