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As turmas da 1ª série EM trabalham ao longo de todas as unidades um dos temas mais repercutidos na contemporaneidade: as migrações internacionais. Neste ano, o “Projeto Migragente: coexistência e interculturalidade”, desenvolvido de maneira interdisciplinar, foi iniciado com um grande trabalho de pesquisa, ocorrido no primeiro trimestre. Posteriormente, os alunos participaram da Gincana Cultural (saiba mais) e finalizaram todas as reflexões desenvolvidas com apresentações músico-literárias, realizadas no dia 1º de novembro, na Sala de Arte Sálua Chequer.

A oportunidade de analisar as circunstâncias vividas pelos refugiados, que deixam as suas histórias, raízes e tradições, foi algo que inspirou os estudantes ao longo de toda construção do projeto. “Considero o ‘Migragente’ muito interessante e inovador, além do tema ser bastante atual. Fui líder da minha turma e pude ver de perto como todos nós pudemos aprender de uma maneira intensa e motivadora”, afirmou o aluno Lourenço Veiga. Já a estudante Ana Barreto destacou a integração como uma importante habilidade desenvolvida. “Foi a atividade do ano letivo que mais uniu e mobilizou a minha turma. Ficamos mais unidos e mais amigos. Isso para mim ficou marcado como o ponto forte que essa experiência nos proporcionou”, acrescentou ela.

Migrações e arte

Em 2017, a culminância do projeto “Migragente” aconteceu com performances artísticas sobre subtemas passados para as turmas, que se subdividiram em grupos voltados para as diversas etapas e atividades que envolvem a produção de um espetáculo (sonoplastia, roteiro, iluminação, cenografia, direção, etc.). “A partir da vivência e percepções que eles tiveram durante o ano sobre os refugiados, os alunos montaram apresentações envolvendo música, literatura e arte. A proposta foi desenvolver esse trabalho levando em consideração a criticidade e promovendo essa relação entre a obra musical e a realidade objetiva”, destacou a coordenadora pedagógica da 1ª série EM, prof.ª Léa Pontes.

A coordenadora de Língua Portuguesa do Ensino Médio, prof.ª Eneida Santana, orientou a produção dos roteiros das adaptações das canções de cada turma e de todo processo de desenvolvimento do espetáculo. Segundo ela, o musical vai além do objetivo de trazer artisticamente todo conteúdo desenvolvido desde a primeira unidade. “As turmas passam a entender arte também como um movimento social, político e capaz de fazer com que todos pensem no que está acontecendo no mundo. O musical fez essa reflexão sobre todos os elementos relacionados às migrações internacionais. Foi muito interessante proporcionar a cada estudante a possibilidade de se colocar no lugar dessas pessoas, com importantes análises e reflexões”, ressaltou ela.