Estudantes do Vieira descobrem 13 novos asteroides em feito reconhecido pela Nasa
Alunos do colégio participaram do programa Caça Asteroide, desenvolvido pelo Ministério da Ciência em parceria com a agência especial americana

Cerca de 20 estudantes e um professor do Colégio Antônio Vieira, em Salvador, serão premiados, no próximo dia 22 de outubro, em Brasília, pela descoberta de 13 novos asteroides. O feito é oficialmente reconhecido pela Nasa, a agência espacial americana, que cadastra as novas descobertas no Sistema Solar.

Entre os alunos, destaque para a jovem Clara Liz, à frente das descobertas de sete asteroides do total, além de Peter Padre, que será premiado pela segunda vez, já que, em suas observações astronômicas, já havia encontrado um novo corpo celeste no ano passado. Os estudantes vieirenses serão representados em solenidade, a ser realizada como parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), de 21 a 26 de outubro.
Com estímulo do professor Luís Gois, os estudantes baianos participam do programa Caça Asteroide, desenvolvido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) em parceria com o programa internacional de busca astronômica Iasc (International Astronomical Search Collaboration), da Nasa. No Brasil, a iniciativa conta ainda com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No Vieira, a ação faz parte das atividades do Núcleo Acadêmico de Incentivo ao Conhecimento (Naic), por meio do Clube de Astronomia, fundado este ano. O clube agora passou a fazer parte oficialmente da Liastra – Liga Internacional de Astronomia.

COMO FOI A DESCOBERTA
Durante campanhas do programa Caça Asteroide, iniciado em abril e encerrado na última sexta-feira (10), os alunos do Vieira atuaram divididos em cinco equipes e até receberam treinamentos on-line ministrados pelo MCTI e Nasa, além de treinamentos presenciais com o professor Luís Gois, articulador do programa no colégio. “Todos os 13 novos asteroides já foram confirmados no relatório da Nasa e já apresenta identificação alfa numérica”, conta, orgulhoso, o professor.
Na prática, a “caça” se dá por meio de uma plataforma do Iasc/Nasa Partner que fornece imagens captadas por um telescópio de 1.8m de diâmetro pertencente à Universidade do Havaí. As imagens são distribuídas e as equipes cadastradas devem analisar, identificar e enviar os relatórios dos possíveis asteroides ou objetos próximos à Terra.
ESTRELAS QUE BRILHAM
Das cinco equipes (Saturno, Júpiter, Marte, Mercúrio e Vênus), três compostas essencialmente por estudantes conseguiram identificar novos asteroides, sendo que a maioria (sete novos asteroides) foi descoberta pela equipe Saturno, sob a liderança de Clara Liz Marques Santos, em equipe também composta por Murilo Maluf Diniz Lima; Antônio Felipe Areal Colombo e Bruno Queiroz Regis, todos do Ensino Médio. O professor Luís, por sua vez, ainda detectou outros três asteroides, ao liderar também uma equipe pessoal e familiar inscrita no programa (Mercúrio), sendo integrada por seus filhos, dois alunos vieirenses do Ensino Fundamental. Já a equipe Júpiter, com os alunos Peter Padre Araújo; Eduardo Gama Libório; Adriano Leal Chagas Ribeiro; e Diego Alves Bandeira Peres, registrou dois novos asteroides; enquanto a Marte, um.

A equipe Marte é formada pelos estudantes Anísia Vitória Nery Sousa Souza; Felipe Naum Rodrigues de Oliveira; Enzo Brasil Coutinho; Ronildo dos Santos Sousa Filho; Gabriel Pereira Santos Farias; Pérola Morena Brito Gomes; Victor Augusto Barbosa dos Santos; e, Raul Sá de Castro, que fazem parte do programa assistencial do Ensino Médio Noturno do Vieira, também contribuindo com o destacado desempenho do colégio no Caça Asteroide.
“Foi uma edição especial em que também destacamos a importância das mulheres na Ciência, a partir do exemplo revelado pela aluna Clara Liz, como mulher negra detectando sete asteroides em seu primeiro ano de caça. Ressalta-se ainda a capacidade do trabalho em equipe dos alunos do Noturno, assim como o talento e a experiência de Peter Padre, somando já duas detecções em seu currículo, além do potencial também de participação de crianças, como evidenciei na equipe familiar com meus filhos, mais uma razão para já estudarmos a participação do Ensino Fundamental do colégio nessa atividade a partir do ano que vem”, afirmou o professor Luís.

OS ASTEROIDES
Formados a partir de materiais que remontam ao princípio do Sistema Solar, asteroides são corpos celestes rochosos que realizam órbita em torno do Sol. Apresentam formato irregular e tamanho inferior ao de um planeta-anão, sendo compostos por silicatos, níquel e ferro. Os primeiros asteroides foram descobertos a partir do século XIX, e atualmente já se sabe da existência de cerca de 1,3 milhão desses corpos celestes.
O estudo de asteroides é crucial porque eles fornecem pistas sobre a formação do Sistema Solar, a origem da vida na Terra e a existência de recursos minerais valiosos. A identificação e o monitoramento de asteroides são essenciais para prever e mitigar o risco de impactos futuros no planeta.
Imagens: MCTI, SNCT, Canva/ND e Secom/CAV.
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